E ultimamente tenho mais certeza que é isso que eu quero. Percebi que amo muito mais a medicina do que imaginava. Que ela pode ser muito mais encantadora do que eu tinha em mente.
Ao ler " The Citadel' percebi que é isso mesmo o que quero pra minha vida toda.Ao ler como Andrew cuidava de seus pacientes, como eles fiavam felizes depois, era como se eu pudesse me imaginar fazendo aquilo, como se fizesse parte de mim. Mas também, foi muito muito triste ver como o dinheiro move as pessoas, seus ideais, seus princípios. Deus queira que eu consiga manter os meus independente de qualquer fator externo. Que eu consiga ajudar sem pensar nele. Que eu consiga atingir meus objetivos, minhas metas, seguir em frente,errando, acertando, mas sempre, aprendendo, sempre.
Com o tempo acho que descobrimos que os sonhos não são tão difíceis de serem alcançados, mas que nós colocamos eles distantes. E isso, meu Deus, como é verdade, como é verdade! Como sempre coloquei meus sonhos tão longe de mim! E como me movi tão pouco pra conquistá-los!!! Não dá nem para acreditar! E pensar que, eu poderia ter conseguido tudo muito antes, mas que toda a minha imaturidade, preguiça, desânimo, não me deixaram, e agora, tentam me impedir mais uma vez ! É tão trsite ver a vida passar, e ver que vc não moveu uma palha se quer pra mudar tudo aquilo. Mas ainda tenho muita esperança. Esperança em mim, nas minhas atitudes, na minha vontade de mudança, na minha posição quanto a isso. Sei que posso vencer sim! Que posso conquistar sim o que sempre sonhei! Vejo tantas pessoas que conquistaram! Sei que eu também posso SIM !!!!
Outra coisa que, me deixa muito feliz, é a forma como estou conseguindo amadurecer, minha forma de ser, meus pensamentos, minhas atitudes. Como estou conseguindo ser independente de verdade dessa vez. Como estou conseguindo ficar tranquila, sem pensar que preciso muito de alguém para me completar, que posso ser completa sozinha =).. como eu quis me sentir assim, ha tanto tempo, tanto tempo. Ficar tranquila, sem me sentir a mais sozinha das mortais, sem sentir que a felicidade não me encontraria até eu saber como seria estar com alguém que me fizesse feliz. Hoje eu vejo que essa lacuna que eu tinha aqui, esse espaço vazio esperando ser completo, não viria de ninguém, que essa lacuna, seria preenchida apenas por mim. Que não posso depositar em ninguém a responsabilidade de me completar. Que o amor, vem de nós, é doado, não assalariado. Que o amor, é dar sem pedir em troca, é muito incerto, inseguro, que não há regras, não há fórmulas, não há nada que se aplique da mesma forma a duas pessoas. Que, não é que alguém nos decepciona, mas que nós criamos espectativas com as pessoas, mas nem sempre elas vão conseguir corresponder a elas da forma como a gente espera. E nossa... como foi difícil entender tudo isso. Como foi difícil sentir tudo isso de verdade. Sem culpar ninguém, sem me fazer de vítima, sem achar defeitos em todos, quando o problema tinha que ser resolvido comigo. Como é difícil mudar uma idéia formada durante tanto tempo. Como foi difícil ver todos acompanhados, desfrutando de sentimentos compartilhados, e não me sentir apartada do mundo porque eu não tinha aquilo, e descobrir que, poderia sentir aquilo, sem precisar estar acompanhada. E com o tempo, nos vemos que, a vida é muito mais simples, e muito mais complicada do que imaginava. Que nós complicamos o que é muito simples, e simplificamos demais o que é complicado.
Um comentário:
Esse texto poderia ser de autoria minha, porque tudo que você descreveu aí eu senti na pele, e não faz muito tempo isso. Nós não temos tanta intimidade a ponto de saber a história um do outro, mas posso te adiantar que nesse ponto elas são parecidas. Tive que sofrer muito para aprender a despertar uma energia autonoma em mim, livre de rótulos, livre de tudo que vinha de fora e movida apenas por mim. Vejo que você passou/passa pelo mesmo e que está se saindo muito bem. Vejo que amadureceu a ponto de reconhecer que a felicidade não vem de fora, que nós fazemos nossa própria felicidade e que no momento em que jogamos nossas expectativas nas mãos de alguém, nos fudemos bonitinho. Fico feliz por essa tua cabeça hoje Lininha, apesar de não ter te conhecido antes. De alguma forma, quero contribuir para uma maior abertura dela, livre de todo automatismo e padrões impostos por tudo que vem de fora. Quando eu disse que tinha muito para aprender por aqui, sabia exatamente do que estava falando. Vamos que vamos Lininha. ;-)
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